O presidente do Sindicato do Comércio Farmacista de Sergipe (Sicofase), Alex Garcez, fala sobre os resultados do setor, que cresceu em Sergipe. Entretanto, lembra das dificuldades que podem levar o mercado de farmácias para o centro da crise econômica
Sergipe NotÃcias – O que o mercado de farmácia tem representado em Sergipe? Considerando que foi um dos poucos setores que cresceram na economia em 2015?
Alex Garcez – O segmento de farmácia realmente tem representado para o nosso estado uma surpresa, pelo crescimento de 10,5% comparado aos últimos 12 meses. Motivado pelas aberturas de novas lojas em todo o estado, e com o reconhecimento do Governo de Sergipe, readequando as alÃquotas de ICMS do setor, em favor de toda a categoria, no varejo e atacado.
SN – Quais são as dificuldades que o setor farmacista enfrenta em Sergipe?
AG – Nós que trabalhamos no setor diariamente, sofremos com a concorrência desleal praticada pelas grandes redes, grandes corporações, que vem para nosso estado com seus incentivos negociados do estado de origem. Outra dificuldade é encontrar profissionais qualificados no mercado para atender todo o setor. Temos que ter esse custo inicial para capacitar os profissionais, antes de colocar para vender. Pois medicamentos são mercadorias importantes e não podem ser comercializadas sem conhecimento. Outra dificuldade que temos nas farmácias do nosso estado, é importar 80% do nosso estoque derivado dos estados vizinhos, como Bahia, alagoas e ParaÃba, ficando com os preços de compra mais elevados no produto final.
SN – Quais as ações do Sicofase em favor dos seus associados?
AG – O Sindicato tem como objetivo levar o máximo de ações para seus associados, como desconto diferenciado na venda do caderno de preço sugerido pelo Governo Federal, através da CMED e distribuÃdo pela ABCFARMA, nós oferecemos a coleta dos insumos medicamentosos vencidos e avariados, a logÃstica reversa, para incineração dos mesmos com preço diferenciado das demais empresas que existem no mercado, disponibilizamos o aumento do mix de produtos nas lojas dos nossos associados, protegida por decisão judicial, promovida pela 5ª vara do TRF da 1ª Região/DF. Sala para os associados, equipada com ar-condicionado, computadores e espaço para treinamentos com a capacidade para 25 pessoas, além dos cursos para vendedores de farmácia, com carga horária de 60 horas para os profissionais. Temos como serviços conveniados como a Pinheiro Vigilância, faculdade FASER/FACAR, OSAF plano funeral, certificação digital da FECOMERCIO-SE, acompanhamento das convenções coletivas de trabalho, informações através de e-mail, whatsapp e site com informativos de interesse de toda a categoria, atualizado diariamente. Mantemos uma representação junto aos parlamentares, buscando regulamentações de leis em beneficio da categoria.
SN – O que se pode esperar da economia para o setor de farmácia em 2016?
AG – Sobre a economia, não temos muitas perspectivas para 2016, começamos o ano com o aumento da alÃquota do ICMS estadual, que onera os preços dos nossos produtos, provocando em nosso setor o aumento dos descontos para o usuário de medicamentos.  Com a queda das vendas no primeiro mês do ano, já temos empresários fazendo ajuste nos seus custos, inclusive fazendo demissões do seu quadro pessoal, conforme os renomados economistas, o ano de 2016, será igual ou pior do que o ano de 2015, e isso reflete no mercado de Farmácia. Não queremos provocar demissões, pelo contrário. Queremos ter mais oportunidade de geração de empregos em nosso setor. Teremos que trabalhar muito e ser mais criativos para superar todas essas mudanças que estamos passando.
AG – O sindicato tem se preocupado sobre o assunto, tanto que elaboramos um curso de 60 horas para capacitação da equipe de vendas, para está pronto no momento do atendimento, tirando duvidas e orientando seus clientes de forma correta o uso dos medicamentos. Evitando assim a probabilidade do consumo inadequado da medicação. O mais correto é procurar a orientação Farmaceutica.