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Crise contamina a saúde pública e faltam remédios em muitos estados

O fornecimento gratuito de remédios é de extrema importância.
Os pacientes não aguentam mais ouvir desculpas sobre a falta de estoque.

A crise econômica afeta também a saúde pública. Sem dinheiro, muitos estados reduziram o fornecimento gratuito de remédios caríssimos e de extrema importância para o tratamento de doenças graves e os pacientes não aguentam mais ouvir explicações sobre a falta de estoque. Em Mato Grosso, o secretário foi afastado pela Justiça, até que o problema seja resolvido.

O filho do operador de máquinas José Maurício da Silva tem fibrose cística, uma doença genética e ainda sem cura. Ela afeta as glândulas responsáveis pela produção de secreções, como o suor e os sucos digestivos, e prejudica o funcionamento dos sistemas digestivo, respiratório e reprodutor. É uma doença grave e precisa de tratamento para ser controlada. Os remédios, caríssimos, deveriam ser fornecidos pelo estado de Mato Grosso, pela Farmácia de Alto Custo, mas está difícil conseguir e este problema é antigo.

A juíza Célia Vidotti, da vara de Ação Civil Pública de Cuiabá, mandou afastar o secretário de Saúde de Mato Grosso por descumprimento de uma decisão que determina que o estado compre três remédios necessários para o tratamento de pacientes com fibrose cística. A multa diária, caso haja descumprimento, é de R$ 5 mil.

A ação está na Justiça Estadual e determina o afastamento até que o estado compre os medicamentos. O governo informou que vai recorrer e está trabalhando para solucionar o problema, só que quem precisa do remédio, precisa com urgência.
A falta de remédios importantes é um problema em várias regiões do país. Em Sorocaba, no interior de São Paulo, não tem vacina contra hepatite A, catapora, poliomielite e também contra a gripe. O médico pediatra Francisco de Oliveira alerta que vacina é prevenção e que as crianças, especialmente as mais novas, não podem ficar sem as doses.
Em Goiânia, quem tem diabetes e recebe o medicamento pelo município, reclama da falta de insulina. São cerca de 2 mil pessoas. Frederico Araújo é uma delas. Ele garantiu na Justiça o direito de pegar a insulina na farmácia municipal, só que este mês, vai ficar sem os 16 refis do medicamento que precisa. “Nunca foi constante o recebimento”, conta.
Quem tem diabetes e depende do sistema público também está com dificuldades em Minas Gerais. Em algumas cidades, os pacientes dizem que não conseguem as chamadas fitas para teste de glicemia, desde o ano passado. Confira a situação no vídeo com a reportagem completa.

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