Preço e marca são os principais critérios na decisão do consumidor. Mas não é tudo e as farmácias sabem disso
Passar na rua e se deparar com farmácias uma ao lado da outra. Qual a que o cliente tende a escolher? A mais perto, a mais barata, com melhor estrutura? Cada perfil de consumidor tem seu critério. O fato é que há o ato da escolha e é aí que as redes de farmácias trabalham para que o cliente abra a porta certa, que leve à sua loja.
Apostar em produtos em conta, capilaridade e trato com os clientes é um caminho a seguir. Visto que, para escolher uma farmácia, os consumidores consideram, em primeiro lugar, preço. Em seguida, localização e atendimento. É o que aponta estudo do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação do Mercado Farmacêutico.
Mas isso não é tudo. Campanhas para fortalecer a marca, infraestrutura das lojas e treinamento dos colaboradores podem ser itens decisivos. Assim, são estratégias das redes de farmácias para se diferenciarem. Com capilaridade – da área nobre à periferia -, a comunicação das redes tem que ser diferenciada. “Na Aldeota, por exemplo, temos produtos fitness e um espaço dermocosméticos”, diz Camila Rocha, gerente de marketing da Dose Certa.
Já a rede de farmácias Pague Menos faz com que suas promoções cheguem até o conhecimento dos clientes. Investe R$ 3 milhões por mês em encartes com promoções, distribuídos no Brasil. No fortalecimento da marca, a estratégia é publicizar em jornais, revistas, outdoors, entre outros. Recentemente, renovaram a logo. De cara nova, a rede varia o mix de produtos e preço dependendo da localização da loja.
“Temos portal e revista bimestral. Investimento maciço em comerciais e ainda a corrida Pague Menos e o Encontro de Mulheres Pague Menos”, detalha Deusmar Queirós, presidente do Conselho de Administração da rede e presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Ponto de venda
O que conta muito também, além dos preços em conta, conseguidos mediante negociação entre farmácias e fornecedores, é investir no negócio, com modernização do ponto de venda. Antônio Félix, presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos no Ceará (Sincofarma-CE) acrescenta que “uma boa atenção farmacêutica” também deve ser priorizada pelo empresário.
Melhorar a apresentação é o que as redes independentes de farmácias estão investindo. Maurício Possidônio, presidente da Augefarma, diz que esse é o caminho para que os pequenos consigam concorrer com os gigantes. Das cerca de 60 mil lojas no Brasil, 10 mil são de grandes redes, que detêm mais de 50% de participação de mercado. “Temos que melhorar o perfil das independentes”, afirma.
Mas, não tem outra, se está com desconto e é perto de casa, é grande o apelo com o cliente. “Eu consigo comprar com desconto e a farmácia é perto. Esse é meu critério, apesar de o atendimento ser bom”, explica o bioquímico Sévio Menezes.
Fonte: O Povo – Ceará