A adoção de boas práticas farmacêuticas em drogarias foi tema de uma palestra que reuniu estudantes, empresários e profissionais da área nesta quinta-feira, no auditório do Sebrae. O encontro foi comandado por Helena Ferreira Lima, farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju e da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe e atual diretora técnica da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH).
O evento foi realizado pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF/SE), em parceria com o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Sergipe (Sindifarma) e Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de Sergipe (Sicofase), e contou com o apoio do Sistema Fecomércio e Sebrae. A atividade faz parte do Ciclo de Palestras, uma ação pelas entidades desenvolvida para elevar a qualidade do atendimento nos estabelecimentos comerciais e capacitar os profissionais da área.
As boas práticas consistem em um conjunto de técnicas e medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade, segurança dos produtos e serviços disponibilizados em farmácias, focando no uso racional de medicamentos e na qualidade de vida dos usuários, cuja eficácia e efetividade devem ser avaliadas por meio de inspeções. A questão é regulada pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n°44/2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo Helena Ferreira, a obtenção dessa certificação atesta não só o respaldo legal junto aos órgãos sanitários, mas também garante aos pacientes a certeza de que ali são comercializados produtos e serviços de qualidade e ofertados com segurança.
“Essas práticas determinam os requisitos mínimos para a manipulação e conservação de produtos, além de critérios para aquisição de matérias-primas e embalagens. Ela também trata de questões como infraestrutura física dos locais e treinamentos e capacitações de toda a equipe envolvida nas atividades da farmácia. São um conjunto de regras que facilitam o trabalho do farmacêutico e beneficiam também os pacientes”.
Manual
Para auxiliar o trabalho daqueles que atuam no mercado, a própria Anvisa determina a adoção de um manual que facilite a implementação das boas práticas farmacêuticas. Esse documento fornece todas as orientações sobre como os profissionais devem proceder para atender às exigências da resolução e garantir a certificação.
Segundo Helena, o manual deve conter todos os requisitos previstos na legislação e deve ser redigido e aprovado pelo farmacêutico. Esse profissional deve padronizar os Procedimentos Operacionais Padrão (POP), apresentando as rotinas do estabelecimento e registrando todas as etapas e os profissionais envolvidos na sua execução.
“ O farmacêutico deve estar atento a eventuais atualizações do manual e dos procedimentos e promover o treinamento da sua equipe sobre esses conteúdos”, reforçou a palestrante.
Parceria
Para o presidente do Sicofase, Alex Garcez, a realização da palestra é mais um sinal da parceria existente entre os profissionais e os empresários do setor farmacêutico sergipano. “ A união é importante e benéfica para a nossa classe. Esse tipo de ação é fundamental para melhorarmos os serviços que oferecemos ao público e serve de estímulo para continuar trabalhando”.